Se a cada mil assassinatos em jogos eletrônicos fosse eliminada uma vida real, a humanidade já teria sucumbido debaixo de uma hecatombe sem precedentes! Entre os games ultramodernos mais vendidos, é aceita toda espécie de violência, com seu realismo desconcertante. Suspeito que algum ou muitos deles ― um RPG da vida, talvez ― deva ter no seu enredo a escravização de personagens oponentes… Um deboche lançado à face do esforço hercúleo dos abolicionistas!
Com poucas palavras, a Emenda Constitucional nº 81, promulgada em 5 de junho de 2014, é pretensiosa ao atacar o trabalho escravo com um carrasco mais severo: o desfalque patrimonial. Desde então, as propriedades rurais ou urbanas onde for encontrada alguma forma exploradora de trabalho escravo “serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei”. Da mesma forma, todo bem que servir a esse fim escuso “será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica” (art. 243 da Constituição Federal).
Se interessar ao Ministério do Trabalho e Emprego, a indústria têxtil paulistana dará abrigo e roupa à população, conforme reportagem da Revista Galileu de julho de 2013:
Quando será o fim da escravidão?! Quando diremos “Game Over”?