E esse tal de pecado?

E esse tal de pecado?

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Existem pecados mil. Somos pecadores compulsivos. Há sempre alguém que nos acusa de algum pecado. A diversidade de pecados depende do lugar, da religião, do ângulo e de quem julga.

Os pecados religiosos atingem a uma parcela menor, mas como efeitos mais devastadores. O Cristão tem os sete pecados capitais que dissecados em possibilidades condena quase que pensamos ou fazemos.

Há, ainda para os católicos, os pecados perdoáveis e os condenáveis, que não sem resolvem por si só, através de um mero arrependimento moral.

Há o pecado original. Esse é mais brando, mas também muito universal.

Há pecadores em todos os lugares.

Aqueles pecam sem sabem que estão pecando.

Há os que pecam e sabem que estão a pecar, mas não o suficiente a os incomodar.

Pecar para alguns é apenas errar.

E para outros basta simplesmente o ato de se penitenciar para se livrar e logo voltar a pecar.

Pecar pode ser o ato a se ajeitar para uns. Já para outros não dá para consertar.

Você pode pecar até quando está a amar. Lembra-se da luxúria como um pecado classificado ruim para quem só anda pensando em namorar? E que mal há em amar?

Depende de quem está a te julgar?

Veja que o pecado pode até estar aqui, agora, nessa minha forma de rimar. Há que diga que estou a ironizar. Isso também é pecar?

Ah, vá lá.

Tah posso deixar de querer combinar a forma de como escrever para falar, mas seja como for ainda assim, para alguns, estarei a pecar.

Posso combinar uma forma diferente de falar, mas sei que vão dizer que estou a mentir para alguém enganar. Isso também é pecar?

O ser humano nasceu para pecar. Há quem diga que Adão e Eva apenas não queriam se amar?

Seria uma fruta, tão vermelha e doce, ou aquela maldita cobra, algo suficiente para Deus os abandonar.

Ao inferno ninguém os ia amar. Mas mesmo assim lá os houveram de mandar.

Ó Deus, deixe-nos um pouco a pecar! O que há num bom e cheio prato de comida que não se possa bem comer sem pecar. Vá lá.

Ao pão não nos foi dado sabor para muito deles comermos sem que isso seja pecar.

E o vinho não é o sangue de Deus onde já tanto vi o seu discípulo a se embebedar.

Márcio Aguiar é Sócio Fundador do escritório Corbo, Aguiar e Waise Advogados Associados.

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