Aventura
Ou polissemia.
“É rara uma palavra tão polissêmica quanto ‘aventura’: para baixo, os paraquedistas chamam-na queda livre; para cima, os religiosos referem-se à oração. Para a esquerda, o motorista diz que é ultrapassagem; para a direita, o mal condutor fala em fechada. Para dentro, a vida monástica a intitula meditação; para fora, as redes sociais propagam-na como #sejoga.
Mas ainda está no ato de se pôr em perigo por alguém. Chega-se, então, ao oceano da polissemia — o amor…”
O amor é o oceano da polissemia pois não há palavras, gestos ou coisas no mundo o suficiente para descrevê-lo. E mesmo que houvesse, ele se renovaria e teria que criar todo de novo.
Que os anjos digam “amém”!
Ou “amem-se”!